sábado, 27 de agosto de 2016

A Filosofia Pré-Socrática

A filosofia Pré-Socrática 

Os pré-socráticos foram os filósofos gregos que especulavam sobre a natureza do mundo por mais de 150 anos antes de Sócrates florescer. Suas filosofias sobre a natureza eram as buscas por respostas para as perguntas que eram tanto metafísicas quanto científicas, mesmo que estas disciplinas não estavam separadas. As questões metafísicas feitas pelos pré-socráticos eram investigações sobre a natureza última de tudo.
Suas perguntas incluíam, por instância: O que é o princípio (arche) ou a fonte de todas as coisas? O que é realidade e o que é apenas aparência? De que tudo é feito? É apenas uma "coisa" ou muitas "coisas"? Esta última questão agora é chamada de problema do"um e dos muitos". Outros problemas abordados pelos pré-socráticos incluindo a natureza da mudança, de ser, de se tornar, e da quantidade.
A grande importância dos pré-socráticos reside no seu uso especulativo da razão, sem referência a mitos, autoridades, religião, opinião popular, ou outras fontes de conhecimento. Eles usaram razão para fornecer respostas sobre a natureza metafísica do universo.
Ao fazê-lo eles iniciaram uma grande conversa filosófica que se aplica a razão humana na busca de entender tudo. Os pré-socráticos eram um grupo variado de pensadores, mas todos eram gregos. Eles viviam e trabalhavam em locais dispersos. A maioria de seus escritos foram perdidos na antiguidade.
Fragmentos, junto com Testimonia (o que foi relatado por outros autores como citações diretas ou como resumos dos pensamentos da epóca), sobreviveram e junto com as referências que temos dos filósofos do período pós Socrátes nos dão uma imagem geral dos pensamentos dessa epóca. A primeira escola dos pré-socráticos foi a escola Jônica. Estes gregos jônicos produziram a Escola Milanesa (ou Escola de Milão) e dois filósofos independentes.

Filósofos Pré-Socráticos 


Sócrates


Aristóteles


    

Pitágoras 

           
                   

Platão

                

Anaxímenes de Mileto 
















Demócrito

              

Parmênides 

      

Heráclito 


Zenão

   

Xanófanes 


Xenófanes de Cólofon

Xenófanes nasceu em 570 a.C. na cidade de Cólofon (atual Turquia), na Jônia, na região da Ásia menor. Passou a viver sua vida na Sicília, quando os persas invadiram a Grécia.Permaneceu exilado no sul da Itália, visitando diversas cidades. Na sua longa caminhada, tornou-se um homem muito sábio e admirado.Escreveu diversas poesias as quais atualmente, podemos encontrar alguns trechos. Estudos afirmam que ele visitava os lugares e recitava suas poesias.Foi portanto, no sul da Itália que ele e outros pensadores fundaram a Escola Eleática. Além dele, destacam-se na escola os filósofos gregos Parmênides e Zenão. Xenófanes foi mestre de Parmênides de Eleia, um dos mais importantes filósofos da filosofia antiga. Os pré-socráticos recebem esse nome pois antecederam um dos maiores filósofos gregos:  Sócrates. Esse período, chamado de naturalista, foi o primeiro de desenvolvimento da Filosofia Grega, que ocorreu entre os séculos VII ao V a.C. Xenófanes teve uma vida longa, falecendo por volta de 475 a.C., com mais de 90 anos.

Principais Ideias de Xenófanes

Xenófanes, como a maioria dos filósofos pré-socráticos, focou seus estudos na natureza e por esse motivo, são também chamados de “filósofos da physis”.Decerto que os pré-socráticos buscavam encontrar respostas para a origem do mundo e dos homens nos elementos e fenômenos da natureza. Segundo Xenófanes, o ser humano era composto de terra e água.Desenvolveu diversas ideias relacionadas com a teologia. Sendo assim, defendeu a Unidade de Deus, o qual seria a essência de todas as coisas.Segundo ele, Deus era um ser perfeito, absoluto, superior e diferente dos homens, argumentando que ele era abstrato e não possuía formas humanas. Diante disso, criticou o antropomorfismo (forma humana) e os deuses da mitologia grega. Xenófanes não conseguia acreditar na ideia de proximidade entre Deus e o homem.Portanto, para ele era incoerente a ideia de que Deus fosse descrito com características humanas (físicas e psicológicas) Disseminou a importância do saber, que segundo ele, era mais importante que a aparência. De acordo com Xenófanes, o progresso somente seria conquistado pela sabedoria dos homens. Ademais, ele era a favor dos prazeres humanos, contanto que fossem moderados.


“É preciso um sábio para reconhecer um sábio.”

“Não é justo usar a força contra a sabedoria.”

“O que de belo e honesto os deuses não concedem aos homens senão o poder de muito trabalho e persistência.”




Heráclito de Éfeso

Heráclito de Éfeso nasceu na cidade de Éfeso, por volta de 540 a.C., antiga colônia grega, região da Jônia na Ásia Menor, atual Turquia.Filho de nobres, pertencia à família real da cidade. Personalidade forte, Heráclito não apreciava a vida pública e se afastou de temas como arte e religião.Diante disso, passou grande parte de sua vida, introspectivo com seu jeito orgulhoso e esnobe, sendo muito criticado pelo seu povo.Com isso, passa a viver nas montanhas, afastado de todos e aperfeiçoando suas teorias.Como Tales de Mileto, Heráclito acreditava no princípio único abalizado na “Filosofia Unitarista”, cujo princípio estava fundamentado na unidade elementar e, no caso de Heráclito, o elemento fogo. Segundo ele, “Tudo provem do Um e o Um provem do Todo”.O filósofo baseava suas ideias na lei fundamental da natureza, de modo que, segundo ele, “Tudo flui” e “Nada é permanente, exceto a mudança”.A partir disso, acreditava que tudo o que existe está em permanente mudança ou transformação, conceito denominado “Devir” (tornar-se, do vir-a-ser), sujeitas ao “logos” (razão ou lei).Tendo em vista seus conceitos, foi o criador do pensamento dialético, a doutrina dos contrários, donde, das contradições, surgem a unidade dialética.Em resumo, a dialética propõe a busca da verdade através da relação entre dois conceitos opostos, numa relação de interdependência.Por exemplo, a escuridão somente existe pois o conceito de luz é seu oposto, donde um não existe sem o outro.Assim, Heráclito, pai da dialética, afirma que todas as coisas por meio da dualidade, cujo o "logos" é sua resultante, ou seja, o conhecimento nascido desse embate.



"Nada é permanente, exceto a mudança." 

"Se não sabe escutar, não sabe falar."

 "Muito estudo não ensina compreensão." 


Vídeo: Heráclito, o Obscuro : https://www.youtube.com/watch?v=HAzg31d5XLQ



quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Zenão De Eléia

Zenão nasceu em 488 a.C. na cidade de Eleia, localizada na Magna Grécia, atual Itália. Pertenceu a Escola Eleática, local em que desenvolveu seu pensamento. Foi discípulo de Parmênides (510-470 a.C.), defendendo a filosofia de seu mestre sobre os estudos do ser, da razão e da lógica. Para o filósofo grego Aristóteles,  ele foi o criador do método dialético. 

Além da filosofia, Zenão foi professor e se envolveu com a política. Se posicionou contra um dos tiranos que governava a cidade e assim, foi preso, torturado em praça pública e morto. Nesse evento, ele se recusou a delatar seus colegas, falecendo em 430 a.C.

 Principais Ideias 

O filósofo elaborou diversos paradoxos, sendo que o mais importante é aquele que ficou conhecido como “Paradoxo de Zenão”, sem dúvida seu principal pensamento. Esse conceito estava relacionado com a corrida de Aquiles e de uma tartaruga. Na mitologia grega, Aquiles foi um herói grego muito veloz. No entanto, no Paradoxo de Zenão, ele perderia a corrida para a tartaruga. Com isso, ele quis demonstrar a inexistência do movimento bem como do espaço, do tempo e da velocidade. A partir da lógica, ele comprovou o equívoco das coisas, o que nos leva a uma conclusão errônea, que por sua vez, parece ser verdadeira. Ou seja, a ilusão geraria esse pensamento errôneo sobre o mundo. Assim, procurou demostrar o absurdo e a falsidade gerada pelas impressões humanas. A partir da dialética, ele criou diversos argumentos demostrando a inexistência do movimento. Foi contra o pensamento desenvolvido pelos pitagóricos, em que a multiplicidade do ser e do mundo fora explicada através dos números. Sendo assim, Zenão acreditava na unidade do ser em detrimento da pluralidade. Nas palavras do filósofo: O verdadeiro é apenas o um, todo o resto é não-verdadeiro”.


" A felicidade é o bem fluir da vida." 

"O sentido da vida consiste estar de acordo com a Natureza." 

"Se deve dizer e pensar de algo que é: Porque existe o ser, não entretanto o não-ser."


Parmênides De Eléia

Parmênides De Eleia foi um dos principais filósofos gregos pré-socráticos da Antiguidade. Seus estudos estiveram baseados nos temas sobre a ontologia do ser, da razão e da lógica.
Seu pensamento influenciou a filosofia da antiguidade bem como a filosofia moderna e contemporânea. Sua frase mais célebre é: “O ser é e o não ser não é.” 

Parmênides nasceu em 510 a.C. na cidade grega de Eleia (atual Itália), situada na região da Magna Grécia. Filho de uma família abastada, o filósofo teve uma boa educação. Visto seu interesse pela filosofia, se aproximou das ideias de Pitágoras e da Escola Fundada por ele: a Escola Pitagórica. No entanto, não se aprofundou nas questões discutidas pelos pitagóricos, fundando uma Escola em sua cidade natal: Escola Eleática. Além dele, no grupo destacou-se o filósofo Zenão de Eleia, seu discípulo. Parmênides faleceu por volta de 470 a.C.

Pensamento: A Filosofia de Parmênides

Grande parte de seu pensamento está reunida na obra poética denominada “Sobre a Natureza”. Em seu poema, Parmênides explica sobre dois caminhos: o caminho da opinião e o caminho da verdade. O “caminho da opinião” (doxa) estaria baseado na aparência, e, portanto, levaria ao engano e as incertezas. Enquanto o segundo, denominado de “caminho da verdade” (alétheia) é conduzido pelo pensamento lógico baseado na razão. Segundo ele: 

É preciso que tu aprendas: o sólido coração da bem redonda Verdade e as opiniões dos mortais, nas quais não há verdadeira certeza. E, no entanto, também isso aprenderás: como as coisas que parecem deviam verdadeiramente ser, sendo todas em todos os sentidos”.


"Não importa por onde eu comecei, pois para lá eu voltarei sempre." 

"O ser é imóvel porque se se movesse poderia vir a ser e então seria e não seria ao mesmo tempo." 

"O pensamento e o ser são a mesma coisa." 

Demócrito De Abdera

  Demócrito de Abdera, nasceu por volta de 460 a.C. na cidade de Abdera, região da Trácia. Descendente de família nobre, viveu em diversas cidades desde Atenas, Egito, Pérsia, Babilônia, Etiópia e Índia, aprofundando seus conhecimentos. Fez parte de filósofos da “Escola Atomística”, oposta à Escola de Heráclito, fundamentada em explicações materiais e mecanicista do mundo. Demócrito, teve uma vida longa e faleceu por volta 370 a.C.

  Demócrito foi um estudioso nas áreas da matemática, física, astronomia, ética, filosofia, linguística, natureza, música. Discípulo do filósofo grego, Leucipo de Mileto, uma das mais destacadas ideias de Demócrito envolve a sistematização do pensamento sobre a "Teoria Atômica". Segundo ele, o átomo, parte indivisível e eterna, que permanece em constante movimento, é o elemento primordial, o princípio de todas as coisas. Nesse ínterim, toda o universo esta composto de dois elementos básicos: o vácuo (o vazio ou o não-ser) e os átomos.

Além disso, propôs um sistema cosmológico e convencionalismo linguístico. Na área da matemática avançou nos estudos sobre geometria (figuras geométricas, volume e tangente) e os números irracionais.

"Na realidade, não conhecemos nada, pois a verdade está no íntimo."

"A felicidade não reside nas posses e nem em ouro, ela mora na alma."
"Aquele que tudo adia, não deixará nada concluído, nem perfeito." 

Anaxímenes De Mileto

  Terceiro e último representante da Escola de Mileto, Anaxímenes nasceu nessa mesma cidade, provavelmente em 585 a. C., e aí teria morrido em 524 a.C. Não existe certeza absoluta quanto às datas. Foi amigo e discípulo de Anaximandro. Diógenes Laércio - historiador e biógrafo de antigos filósofos gregos - diz que ele escreveu um livro, "Sobre a natureza", em dialeto jônico, num estilo simples e conciso. Para Anaxímenes, o elemento primordial é o ar, do qual as coisas resultam e ao qual retornam por um duplo movimento de condensação e rarefação. Identificado com a alma, o ar anima não só o corpo do homem, mas o mundo todo. 

  As notícias que temos da cosmologia de Anaxímenes são escassas e, em geral, manifestam opiniões bastante ingênuas. Para ele, por exemplo, a Terra, o Sol, a Lua e os demais astros cavalgam sobre o ar e são planos. Os astros não se movem debaixo da Terra, mas ao redor dela, "como gira um chapéu ao redor da nossa cabeça".


"Quanto mais alternativas, mais difícil escolher." 
"A verdade é de quem fala a verdade." 

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Algumas Curiosidades






Movimento filosófico

Movimento filosófico

Um movimento filosófico é o aparecimento ou o aumento da popularidade de uma determinada linha de pensamento filosófico ou ainda uma aparente mudança do pensamento filosófico sobre um assunto em particular. Os principais movimentos filosóficos são caracterizados com relação à naçãoidioma ou período histórico em que apareceram.
Falar de um movimento filosófico pode funcionar como uma maneira mais direta de falar de um grande número de filósofos (e outras pessoas associadas à filosofia, como historiadores, artistas, cientistas ou políticos). Por outro lado, de maneira geral os movimentos filosóficos consistem em um grupo de muitos pensadores que discordam entre si de várias maneiras; é geralmente inapropriado e um pouco caricatural tratar qualquer movimento como um grupo de seguidores com uma opinião uniforme. Mais frequentemente as ideias definidoras de qualquer movimento filosófico são padrões sobre os quais pensadores individuais desenvolvem suas próprias ideias.
Assim como doutrinas e teorias específicas, os movimentos são chamados com o sufixo "ismo". O que torna o movimento identificável e interessante como algo diferente de uma teoria específica é que o movimento consiste num grande número de ideias e de trabalho intelectual em um determinado tempo e espaço. A seguir eis uma lista dos principais movimentos filosóficos, em não muito rígida ordem cronológica:


Videoaula: Os grandes filósofos gregos (EM - FIL)


Créditos : Portal Clickideia 

Filósofos e suas teorias que deram errado

Saiba Mais: Filosofia. Aula ministrada pelo professor Gui de Franco.
Créditos das imagens
Jacques-Louis David/Wikimedia Commons
Daniel Stockman/Wikimedia Commons
Greg O'Beirne/Wikimedia Commons

Canal : Sistema de Ensino Poliedro

Biografia Platão

  Este importante filósofo grego  nasceu em Atenas, provavelmente em 427 a.C. e morreu em 347 a.C. É considerado um dos principais pensadores gregos, pois influenciou profundamente a filosofia ocidental. Suas ideias baseiam-se na diferenciação do mundo entre as coisas sensíveis (mundo das ideias e a inteligência) e as coisas visíveis (seres vivos e a matéria). Filho de uma família de aristocratas, começou seus trabalhos filosóficos após estabelecer contato com outro importante pensador grego: Sócrates. Platão torna-se seguidor e discípulo de Sócrates. Em 387 a.C, fundou a Academia, uma escola de filosofia com o propósito de recuperar e desenvolver as ideias e pensamentos socráticos. Convidado pelo rei Dionísio, passa um bom tempo em Siracusa, ensinando filosofia na corte. Ao voltar para Atenas, passa a administrar e comandar a Academia, destinando mais energia no estudo e na pesquisa em diversas áreas do conhecimento: ciências, matemática, retórica (arte de falar em público), além da filosofia. Suas obras mais importantes e conhecidas são: Apologia de Sócrates, em que valoriza os pensamentos do mestre; O Banquete, fala sobre o amor de uma forma dialética; e A República, em que analisa a política grega, a ética, o funcionamento das cidades, a cidadania e questões sobre a imortalidade da alma.


"O belo é o esplendor da verdade."

"O que mais vale não é viver, mas viver bem."

"O amor é uma perigosa doença mental."

"Praticar injustiças é pior que sofrê-las."


                                                                      


Biografia Pitágoras

  Pitágoras foi um importante matemático e filósofo grego. Nasceu no ano de 570 a .C na ilha de Samos, na região da Ásia Menor. Provavelmente, morreu em 497 ou 496 a.C em Metaponto (região sul da Itália). 
  Com 18 anos de idade, Pitágoras já conhecia e dominava muitos conhecimentos matemáticos e filosóficos da época. Através de estudos astronômicos, afirmava que o Planeta Terra era esférico e suspenso no Espaço (ideia pouco conhecida na época). Encontrou uma certa ordem no universo, observando que as estrelas, assim como a Terra, girava ao redor do Sol. Recebeu muita influência científica e filosófica dos filósofos gregos Tales de Mileto, Anaximandro e Anaxímenes.
  Enquanto visitava o Egito, impressionado com as pirâmides, desenvolveu o famoso Teorema de Pitágoras. De acordo com este teorema é possível calcular o lado de um triângulo retângulo, conhecendo os outros dois. Desta forma, ele conseguiu provar que a soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa. Atribui-se também a ele o desenvolvimento da tábua de multiplicação, o sistema decimal e as proporções aritméticas. Sua influência nos estudos futuros da matemática foram enormes, pois foi um dos grandes construtores da base dos conhecimentos matemáticos, geométricos e filosóficos que temos atualmente.





O teorema de Pitágoras diz que o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos.


a2 = b2 + c2 


"Não é livre quem não consegue ter domínio sobre si."
"Todas as coisas são números."
"Com ordem e com o tempo encontra-se o segredo de fazer tudo e tudo fazer bem." 


Biografia Aristóteles

  O Filósofo grego Aristóteles nasceu em 384 a.C., na cidade antiga de Estágira, e morreu em 322 a.C. Seus pensamentos filosóficos e idéias sobre a humanidade tem influências significativas na educação e no pensamento ocidental contemporâneo. Aristóteles é considerado o criador do pensamento lógico.
  Aristóteles foi viver em Atenas aos 17 anos, onde conheceu Platão, tornando seu discípulo. Passou o ano de 343 a.C. como preceptor do imperador Alexandre, o Grande, da Macedônia. 
  O filósofo valorizava a inteligência humana, única forma de alcançar a verdade. Fez escola e seus pensamentos foram seguidos e propagados pelos discípulos. Pensou e escreveu sobre diversas áreas do conhecimento: política, lógica, moral, ética, teologia, pedagogia,  metafísica, didática, poética, retórica, física, antropologia, psicologia e biologia. Publicou muitas obras de cunho didático, principalmente para o público geral. Valorizava a educação e a considerava uma das formas crescimento intelectual e humano. Sua grande obra é o livro Organon, que reúne grande parte de seus pensamentos. 

Algumas das Principais Obras De Aristóteles:

  1. Ética e Nicômano
  2. Política
  3. Organon
  4. Retórica das Paixões
  5. A poética clássica
  6. Ética a Eudemo
  7. Física
  8. Sobre o Céu



"O homem que é prudente não diz tudo quanto pensa, mas pensa tudo quanto diz."

"O homem livre é senhor de sua vontade e somente escravo de sua própria consciência."


Biografia Sócrates

  Sócrates nasceu em Atenas, provavelmente no ano de 470 a.C, e tornou-se um dos principais pensadores da Grécia Antiga. Podemos afirmar que Sócrates fundou o que conhecemos hoje por filosofia ocidental. Sócrates era considerado pelos seus contemporâneos um dos homens mais sábios e inteligentes. Em seus pensamentos, demonstra uma necessidade grande de levar o conhecimento para os cidadãos gregos. Seu método de transmissão de conhecimentos e sabedoria era o diálogo. Através da palavra, o filósofo tentava levar o conhecimento sobre as coisas do mundo e do ser humano.         Conhecemos seus pensamentos e ideias através das obras de dois de seus discípulos: Platão e Xenofontes. Infelizmente, Sócrates não deixou por escrito seus pensamentos. Sócrates não foi muito bem aceito por parte da aristocracia grega, pois defendia algumas ideias contrárias ao funcionamento da sociedade grega. Criticou muitos aspectos da cultura grega, afirmando que muitas tradições, crenças religiosas e costumes não ajudavam no desenvolvimento intelectual dos cidadãos gregos.






"É melhor fazer pouco e bem, do que muito e mal."

"Todo o meu saber consiste em saber que nada sei."


O Julgamento De Sócrates

Diante do tribunal popular, Sócrates é acusado pelo poeta Meleto, pelo rico curtidor de peles, influente orador e político Anitos, e por Licão personagem de pouca importância. A acusação era grave: não reconhecer os deuses do Estado, introduzir novas divindades e corromper a juventude. O relato do julgamento feito por Platão (428-348 a.C.) a Apologia de Sócrates, é geralmente tido como bastante fiel aos fatos e apresenta-se dividido em três partes. Na primeira, Sócrates examina e refuta as acusações que pairam sobre ele, retraçando sua própria vida e procurando mostrar o verdadeiro significado de sua "missão". E proclama aos cidadãos que deveriam julga-lo: "Não tenho outra ocupação senão a de vos persuadir a todos, tanto velhos como novos, de que cuideis menos de vossos corpos e de vossos bens do que da perfeição de vossas almas, e a vos dizer que a virtude não provém da riqueza, mas sim que é a virtude que traz a riqueza ou qualquer outra coisa útil aos homens, quer na vida pública quer na vida privada. Se, dizendo isso, eu estou a corromper a juventude, tanto pior; mas, se alguém afirmar que digo outra coisa, mente". Noutro momento de sua defesa, Sócrates dialoga com um de seus acusadores, Meleto, deixando-o embaraçado quanto ao significado da acusação que lhe imputava - "corromper a juventude". Demonstra que estava sendo acusado por Meleto de algo que o próprio Meleto não sabia bem explicar o que era, já não conseguia definir com clareza o que era bom e o que era mau para os jovens. 
Em nenhum momento de sua defesa - segundo relato platônico - Sócrates apela para a bajulação ou tenta captar a misericórdia daqueles que o julgavam. Sua linguagem é serena - linguagem de quem fala em nome da própria consciência e não reconhece em si mesmo nenhuma culpa. Chega a justificar o tom de sua autodefesa: "Parece-me não ser justo rogar ao juiz e fazer-se absorver por meio de súplicas; é preciso esclarecê-lo e convence-lo". Embora a demonstração pública da inconsistência dos argumentos de seus acusadores e embora a tranqüila e reiterada declaração de inocência - e talvez justamente por mais essas manifestações de altaneira independência de espírito -, Sócrates foi condenado. Mesmo para uma democracia como a ateniense, ele era uma ameaça e um escândalo: a encarnação, para a mentalidade vulgar, do "escândalo filosófico" que, ali mesmo em Atenas, acarretara a perseguição de Anaxágoras de Clazômena, que se viu obrigado a fugir. 
Como era de praxe, após o veredicto da condenação, Sócrates foi convidado a fixar sua pena. Meleto havia pedido para o acusado a pena de morte. Mas seria fácil para Sócrates salvar-se: bastava propor outra penalidade, por exemplo pagar uma multa, como chegaram a lhe sugerir os amigos. Afinal, fora difícil obter um veredicto de culpabilidade: havia sido condenado por uma margem de apenas sessenta votos. Qualquer pena moderada que ele mesmo propusesse seria certamente acatada com alívio por aquela assembléia constrangida por condenar um cidadão que, apesar de suas excentricidades e de suas atitudes muitas vezes irreverentes e incomodas, apresentava aspectos de indiscutível valor. Afinal, era aquele o Sócrates que não se havia deixado corromper pelos tiranos, inimigos da democracia, e que lutara bravamente na guerra por sua cidade e por seu povo. Bastava que declarasse estar disposto a pagar algumas moedas - e todos sairiam dali satisfeitos consigo mesmos, por terem cumprido o "dever" de punir um cidadão suspeito de atividades nocivas a cidade, e mais contentes ainda por se sentirem magnânimos, ao permitirem que continuasse vivendo. 
Mas Sócrates não faz concessões. Propor-se a cumprir qualquer pena, mesmo pagar uma multa, por menor que fosse, seria aceitar a culpa de que não o acusava a própria consciência. Na segunda parte da Apologia, Platão descreve o momento em que, novamente diante de seus juízes, Sócrates estabelece a pena que julgava merecer. Nem exílio, nem multa. "Ora, o homem (Meleto) propões a sentença de morte. Bem; e eu, que pena vos hei de propor em troca, Atenienses? A que mereço, não é claro? Qual será? Que sentença corporal ou pecuniária mereço, eu que entendi de não levar uma vida quieta? Eu que, negligenciando o de que cuida toda gente - riquezas, negócios, postos militares, tribunas e funções públicas, conchavos e lutas que ocorrem na política, coisas em que me considero de fato por demais pundonoroso para me imiscuir sem me perder -, não me dediquei àquilo a que, se me dedicasse, haveria de ser completamente inútil para vós e para mim? Eu que me entreguei à procura de cada um de vós em particular, a fim de proporcionar-lhe o que declaro o maior dos benefícios, tentando persuadir cada um de vós a cuidar menos do que é seu do que de si próprio, para a ser quanto melhor e mais sensato, menos dos interesses do povo que do próprio povo, adotado o mesmo princípio nos demais cuidados? Que sentença mereço por ser assim? Algo de bom, Atenienses, se há de ser a sentença verdadeiramente proporcionada ao mérito; não só, mas algo de bom adequado a minha pessoa. O que é adequado a um benfeitor pobre, que precisa de lazeres para vos viver exortando? Nada tão adequado a tal homem, Atenienses, como ser sustentado no Pritaneu; muito mais do que a um de vós que haja vencido, nas Olimpíadas, uma corrida de cavalos, de bigas ou quadrigas. Esse vos dá a impressão da felicidade; eu, a felicidade; ele não carece de sustento, eu careço. Se, pois, cumpre que sentenciam com justiça e em proporção ao mérito, eu proponho o sustento no Pritaneu." 
Sócrates não deixava saída para seus juízes. Ou a pena de morte, pedida por Meleto, ou ser alimentado no Pritaneu, enquanto fosse vivo, como herói ou benemérito da cidade. Impossível voltar atrás, desfazer a condenação, inocentar o acusado. Entre a morte e as impossíveis recompensas, ou juízes ficaram sem alternativa real. Para não abrir mão de sua própria consciência, Sócrates optara pela morte. Que então morresse. 



vídeo do julgamento de Sócrates : https://www.youtube.com/watch?v=m8uEPvl-l5M